quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Juízes sem juízo
VERGONHA é o que sinto perante estes juízes/algozes que têm em mãos o caso Esmeralda e o caso do cozinheiro de um hotel despedido por ser seropositivo. Assim decidem estes herdeiros da inquisição, subsumindo-se, servis, ao estrito e cego enquadramento legal, longe, muito longe, naturalmente, dos interesses dos cidadãos. Bem podem dizer que têm de se ater ao que diz a lei para as suas decisões, a verdade é que nenhuma destas alminhas, que detêm o supremo poder de decisão sobre a vida de terceiros, se revela com coragem suficiente para, perante um texto legalista, cuja letra se mostra contrária à moral e ao espírito dos tempos, dizer não. A revolta começa por aí, pela coragem de dizer não. Tal como o fez, há dias, aquele pobre condutor de um camião do lixo que, por solidariedade com os seus colegas grevistas, e contrariando as ordens superiores, se encheu de coragem e disse não; não, não entro, não descarrego, não pactuo, não vendo a minha moral, e ali mesmo, perante as câmaras de televisão, se apeou do volante correndo o risco de lhe ser movido um processo qualquer que o mande para o desemprego. Um acto, senhores juízes, que os senhores jamais teriam coragem para fazer.
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1 comentário:
Estiveste bem, mais uma vez! Como sempre.
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