quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O santo major

À saída do tribunal, dizia para a Imprensa o advogado do Major dos Futebóis, como que ilibando o seu cliente face às acusações do árbitro Garrido, que outrora recebera do dito telefonemas intimidatórios: «Então o Major até lhe desejava Bom Natal no final do telefonema...» Ora vejam lá se não é de um santo homem que estamos todos a falar...

A arrumação dos dias

DR. ptn

Histórias Fulminantes 76

Porque tinha bebido um copo a mais e porque achara que aquela estranha criatura era um marciano, logo se dirigiu a ela abraçando-a calorosamente. Enganara-se, a criatura não vinha de Marte mas da Morte.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Silence News


Sexta-feira 14 de Março, às 19h00, na Sala Cinema do Instituto Italiano de Cultura, em Lisboa, terá lugar a apresentação, e logo seguir a projecção, do filme “Un gioco ardito. Dodici variazioni tematiche su Domenico Scarlatti”, (Itália-Portugal-Espanha, 2006, 98 min.), pelo realizador Francesco Leprino, dedicado ao grande compositor italiano do Barroco Domenico Scarlatti. Entrada Livre.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Problema dos Domingos

«Hoje está a chover. É domingo. Um dia estúpido.»

Patrícia Reis, Blog Vão Combate

Gianna Nannini ou o poder da publicidade


Para o bem e para o mal. No caso para o bem, já que o anúncio ao novo Fiat Brava repescou para a actualidade uma das mais belas e importantes vozes da pop italiana das últimas décadas, Gianna Nannini. Com grande dose de oportunidade também a Universal se prepara para lançar no mercado discográfico o Best Of duplo da cantora, «GiannaBest». E claro, muito boa gente já entradota se terá lembrado de clássicos como aquele que dá «voz» ao anúncio dos automóveis de Torino, «Meravigliosa Creatura», ou outros, como «Suicidio D'Amore», «Alla Fine, «Una Luce» ou «Bello e impossibile».

Pubblicità Fiat Bravo - O Comercial

Gianna Nannini - «Meravigliosa Creatura»

A versão mais acelerada.

Castro ou a Fidelidade

A questão é: vai o povo cubano continuar fi(d)el ao regime castrador por quanto mais tempo?

O Kosovo

O Kosovo é um país que, caso preocupante, ainda não saiu verdadeiramente do ovo. Por outras palavras, é um jovem país ainda em estado de choque.

Histórias Fulminantes 75

Era uma vez um homem procurado pelas folhas do Outono.

O Problema dos Domingos

«Mas nem tudo é desfeito no Domingo de manhã. A pessoa que me oferece um pedaço de Evangelho é a mesma que me reconforta (porque me preocupava a improbabilidade de alguma vez o meu nome ser falado na Antena 2). "Na Antena 2 só passam os mortos.", diz. Deduzo então que a erudição mata.»

Blog Ainda Não Está Escuro

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Я спросил у ясеня

Não sei a que filme reportam, mas gosto da estética melancólica que se desprende destas imagens e desta melodia. Ou seja, um dia também gostava de ir a Moscovo.

O bardo Bulat

E aí está a banda sonora do filme, pelo bardo russo Bulat Okudzhava. Gosto especialmente da letra...

Cine-Silêncio

Hoje, descobri que na Rússia também se fizeram westerns, como este, de sua graça original «O Sol Branco do Deserto». E vejam lá se não tem pinta o John Wayne de serviço, trajado de branco, confundindo-se com a areia do deserto... E com muito mais humor. A cena do acender do cigarro com o pavio da bomba a arder é um mimo!

O mágico

O escritor é um mágico? Claro que é: um mágico que ilude a realidade com a própria realidade.

Sorriso e Amor

Caros todos,

Juntei mais dois livros a minha produção literária. Um livro de contos, «O Sorriso de Mona Lisa», disponível nas livrarias esta semana, e «O Amor de Perdição», em versão infanto-juvenil, adaptação do original de Camilo Castelo Branco. As imagens das capas estão aqui ao lado, na coluna da direita.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Lisboa por aí





Histórias Fulminantes 74

«O lugar mais luz é no teu beijo», disse-lhe, apaixonado. Ao que ela, apaixonada, apagou as luzes e o beijou iluminando os seus dias.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Correntes

Estreei-me nas Correntes e só posso dizer que fiquei lá preso.

Histórias Fulminantes 73

Embora sempre distraído, o senhor K. não deixou de estranhar que naquela manhã tivesse sido o único passageiro a entrar no autocarro. Notou também que o condutor nem sequer se importou em verificar a validade do seu passe de transporte. Sentado, deixou-se ir nos seus pensamentos até que, seis paragens depois, e sem que pelo caminho mais ninguém tivesse entrado, finalmente a porta se abriu para ceder passagem a um segundo passageiro. Vestida de negro de alto a baixo, a estranha e cadavérica figura veio sentar-se justamente no lugar ao lado do seu. Não tardou a que o olhasse nos olhos e lhe dissesse tão-só: «O seu bilhete, por favor». Ao entregá-lo o Senhor K reparou então no número que lhe calhara em sorte: 666. Quando o autocarro subitamente parou, o Senhor K. olhou pela janela e nos seus olhos reflectiu-se um horizonte vermelho em fogo.

A arrumação dos dias


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Correntes d'Escritas

Da minha passagem pelas Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim.

A Literatura Rasga a Realidade

Rasgar a realidade, rasgar o mundo. A imagem colhe, é uma imagem bonita, feroz. Dava um bom verso. Começo pelo verbo, pelo rasgar. Há nele, na sua tradução e leitura imediata, muito de raiva, de ruptura, de revolta, de rebelião. Rasga-se alguma coisa, por hábito, porque aquilo que se rasga já não serve, já não presta, porque não nos satisfaz ou contenta (os escritores, neste plano, sempre foram ou terão sido, pelo menos até à era da informática, dos mais «rasgadores» entre os homens, se assim se pode dizer, insatisfeitos com os versos ou com os capítulos que iam, primeiro, garatujando à mão ou, mais tarde, batendo às velhas máquinas de escrever; o que, de resto, e bem, só revela o seu elevado grau de insatisfação no seu labor, característica que deve sempre assistir ao escritor exigente).

Há, neste sentido, no verbo rasgar um acto de repúdio, uma emoção ou sentimento, chamemo-lhe assim, que também assiste enquanto qualidade à literatura. Não a toda, mas àquela que se debruça sobre o mundo à sua volta, aquela que o questiona, que o coloca em causa, que o contesta, no fundo, que, por vezes, o repudia, senão no todo pelo menos em partes. É um velho dom que assiste à palavra: a sua capacidade de luta, de ser arma. Tão simplesmente porque acredito que desde as suas primícias escrever sempre foi uma tentativa de mudar o mundo, senão de o mudar pelo menos de o transformar. O que não é fácil sequer simples. Ousar mudar não é fácil, rasgar alguma coisa, mesmo que seja para construir ou chegar a outra coisa qualquer, compreende sempre coragem quanto baste.

Na verdade pretender tal ousadia fez com que escrever se tornasse uma profissão perigosa, uma profissão de fé se se quiser (e os escritores, uma vez mais, sabem-no mais do que ninguém, ou não se soubesse que em tempos difíceis, ou vivendo sob regimes castradores da liberdade e do dizer, por vezes até em tempos mais disfarçadamente democráticos, são as zonas mais próximas de fronteira aquelas mais convenientes à morada do escritor...). E aqui, de uma forma mais irónica, poderia trazer à colação à expressão «rasgar horizontes»...

Adiante. Este rasgar, assim entendido, enquanto repúdio, sendo um dos catalisadores da escrita, acaba, por consequência, e muitas vezes, por equivaler também a um acto de coragem. Coragem que a uma outra, e primeira coragem, se junta: a coragem de enfrentar o vazio de uma página em branco. Isto é, avançar sem saber, o mais das vezes, por onde rasgar; rasgar o branco, rasgar o nada, avançar como um cego, tacteando silêncios até encontrar a voz, uma voz. Assim muitas vezes me vejo, cego diante de uma página em branco, até que um rasgo de inspiração venha a ensinar-me a rasgar de novo o mundo à minha volta.

A rasgar o mundo, diria, como quem o descobre pela primeira vez. Porque escrever é também sempre isso: uma primeira vez repetida quase sem fim, à exaustão – de outra forma: não é impunemente que se confronta o vazio. Trata-se, diria ainda, de um rasgar contínuo, de uma procura constante, de um não ficar satisfeito com o que se vai descobrindo. E aqui, isto que digo faz-me lembrar muito o meu filho mais pequeno, que não tarda a cumprir um ano (data a comemorar cirurgicamente no dia 25 de Abril). Faz-me lembrar as vezes que repetidamente gatinha até à revista, ao jornal, à folha de papel mais próxima (os livros tento mantê-los à distância recomendável) e vorazmente a rasga, como que a querer descobrir o que há por dentro daquilo que rasga, como que a pretender descobrir-lhe alguma coisa no seu interior ou por detrás.

Escrever/ rasgar, pois, como uma sede, como um desejo imenso de ir ao encontro de alguma coisa mesmo que, a princípio, não a saibamos nomear ou definir com exactidão. Assim também vejo a literatura, como uma sede infinita (desculpem a imagem gasta) que é passível de ser saciada (sim, com inspiração e muito de transpiração, como já dizia o poeta), mas que logo, logo de novo em sede se transforma. Escrever é assim um querer ir além do que nos é dado a ver, além da realidade imediata. Uma vez mais, rasgar. Ora, escapar a essa cruel realidade, rasgar o quotidiano, rasgar o mundo em que vivemos e nos movemos, não é tarefa nada fácil. Tarefa, diria, apenas ao alcance da imaginação, desse poder maior de desfeitear a realidade, rasgando-a, e partir em busca de uma outra. Rasgar, portanto, para conhecer e construir outras realidades, fender o mundo à nossa volta inaugurando outros horizontes de realidade. Rasgar, rasgar, rasgar, ficcionar, ficcionar, ficcionar.

Assim é, regra geral, toda a arte, e a literatura não escapa à regra, sendo essa, de resto, a sua condição, ou umas das suas mais prementes condições: a da permanente insatisfação face ao mundo que lhe é dado. Deriva daqui, por corolário, que o escritor é um ser insatisfeito. Pessoalmente, não tenho dúvidas quanto a isso: o escritor é um artista, alguém que cultiva a arte da palavra, e como tal alguém sempre em busca do novo ou, à míngua de algo de novo (o que não espanta num mundo em que tudo parece já ter sido dito ou inventado), em busca de uma nova forma de dizer, de reinventar.

Por fim, um outro sentido a ler nesta ideia, de que a literatura rasga a realidade, e mais óbvia, é a de que quem escreve viaja, quem escreve rasga horizontes sem necessitar para tal de sair do lugar. Sem precisar de outra coisa que não partir nas linhas da ficção, eventualmente tão-só fechando os olhos, para maior conforto e desfrute da «viagem». Neste caso não no sentido de ficcionar esses horizontes, de inventar novas realidades, realidades paralelas, antes no sentido de que quem escreve tem o poder de levar o leitor à descoberta do mundo como ele é, como o conhecemos, o mundo real, palpável, visitável, o mundo em que vivemos. Tudo, espantosamente, sem exigir ao leitor qualquer visto ou passaporte, sem que necessite ele sequer de marcar viagem, de procurar com avidez voos low cost ou campanhas de férias empacotadas a preço de desconto. Em resumo: sem precisar de sair de casa (asserção tão mais verdadeira quando hoje podem os livros encomendar-se comodamente via Internet e chegar-nos às mãos sem que tenhamos de descalçar as pantufas). Na verdade, de acordo com as maiores ou menores capacidades descritivas do autor, num ou noutros casos, a sensação de partir é de tal modo real que haverá mesmo quem diga não necessitar de viajar porque o faz através dos livros. Podendo não ser exactamente a mesma coisa, e descontando o meritório amor aos livros de quem o afirma, a ideia não deixa de ter o seu quê de idílico e belo.

Em suma, viajar, portanto, no espaço dentro do espaço de um livro, mas viajar também no tempo, outro milagre que pode apenas assistir à mente e mão do escritor; com uma mais-valia acrescida, podendo fazer-se para trás ou para diante no tempo! Nessa medida, o escritor é assim, ao mesmo tempo, um respigador do passado e um construtor de mundos a vir, e o mais espantoso de tudo é que todas essas viagens imaginárias, rasgando todos os possíveis e impossíveis, podem caber apenas numa, numa só página de um livro, num só parágrafo, até mesmo numa só frase, e assim, de um momento para o outro, podemos transpor fronteiras, passar de um continente para outro (fazendo de oceanos vastos ínfimos rios), da actualidade para a Idade Média e desta directamente para um futuro sem data marcada, confundindo com riso e à-vontade espaços e tempos, confundindo ou rasgando, eventualmente, os desígnios de um qualquer Deus do tempo ou Deusa da História mais desatenta ou adormecida, tal como, por exemplo, e termino, sucede nesse brilhante pequeno livro de Mário de Carvalho que é «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho», onde se pode ler:

«O grande Homero às vezes dormitava, garante Horácio. Outros poetas dão-se a uma sesta, de vez em quando, com prejuízo da toada e da eloquência do discurso. Mas, infelizmente, não são apenas os poetas que se deixam dormitar. Os deuses também. Assim aconteceu uma vez a Clio, musa da História que, enfadada da imensa tapeçaria milenária a seu cargo, repleta de cores cinzentas e coberta de desenhos redundantes e monótonos, deixou descair a cabeça loura e adormeceu por instantes, enquanto os dedos por inércia continuavam a trama. Logo se enlearam dois fios e no desenho se empolou um nó, destoante da lisura do tecido. Amalgamaram-se então as datas de 4 de Junho de 1148 e de 29 de Setembro de 1984. Os automobilistas que nessa manhã de Setembro entravam em Lisboa pela Avenida Gago Coutinho, direitos ao Areeiro, começaram por apanhar um grande susto, e, por instantes, foi, em toda aquela área, um estridente rumor de motores desmultiplicados, travões aplicados a fundo, e uma sarabanda de buzinas ensurdecedora. Tudo isto de mistura com retinir de metais, relinchos de cavalos e imprecações guturais em alta grita. É que, nessa ocasião mesma, a tropa do almóada Ibn-el-Muftar, composta de berberes, azenegues e árabes em número para cima de dez mil vinha sorrateira pelo valado, quase à beira do esteiro de rio que ali então desembocava, com o propósito de pôr cerco às muralhas de Lixbuna, um ano atrás assediada e tomada por ordas de nazarenos odiosos.»


Pedro Teixeira Neves
Lisboa, 31 de Janeiro 2008

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Silence Music Box, Glass Candy, «Digital Versicolor»

Vão Combate

Patrícia Reis, escritora, directora da revista «Egoísta», estreia-se (penso) no mundo blogger com o seu www.vaocombate.blogspot.com. Ali, propõe-se contar uma história por dia, ousar uma ou outra fotografia, dizer dos dias. Mais um ponto de passagem. Que certamente não será em vão ler e acompanhar.

Quanto a mim

é agora

agora vou deitar-me
não sem antes deitar as palavras
(nem sempre as mais dóceis acreditem - por regra
não se deitam antes da meia-noite)

quanto
às crianças já dormem respiram
inocência conforme podem (o francisco
constipado a alice com ouvido doen
do vasco hoje só reporto não querer comer
à excepção natural das barrinhas)

e eu neste banco
a teclar o que resta do dia
convocando os deuses da escrita mas
é como vêem
quase todos já dormem
ou então enroscam-se em concílio televisivo

valho-me assim do silêncio
que palavra a palavra
me indica o caminho

as costas queixam-se
os olhos germinam
o sono absorve-me

e é quando enceto o verso
que lembro os lanches ainda para preparar
bongo para um leite para outro
sandes com e sem manteiga
gorro casaco colete
carteira telemóvel chaves
e sopa para o rebento
que poderá passar a incorporar peixe
ou uma gema
de ovo mas sem clara

claro
como a clara está no ovo
e a verdade na voz do povo

portanto já depois da meia-noite
que é quando chego às palavras
(chegarei?)

portanto a desoras
de ir deitar
e para trás do sono deitar
este eu e outro tanto de nada

qualquer coisa
eu
aqui
deste lado
do poema que vacila

e cai
enfim
no silêncio
e nele se sacia

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Três a Um

pazienza quase beata

sai de campo
sem ponta de contra-ataque
vencida sem apelo nem scolari
três a um para resumir
ou como diria o outro
(mal-dizente claro)
a selecção natural das espécies
ou estavas linda
posta em sossego na táctica
do convencimento
achando que suores arroubos e correrias
são para outras calendas
O mare portugheza
dons sebastião da bola
eternos adiados do sucesso
e ainda achais que é o poeta o fingidor?
triste luso nevoeiro preso na raiz
da pobre alma que atirais ao espectador
dizendo: pazienza pazienza
ó portugal amico mio se fosses
só três golos mas ao contrário!

Era uma vez...

... um burro chamado Alípio.

(já é um começo).

Cheira-me a BBDO...

Estou farto. Não estão fartos daquela fórmula gasta e repetitiva dos anúncios que repetem à exaustão uma dada pergunta ou uma afirmação, do género: «Diz que amas, diz que gostas, diz que queres, diz que isto e diz que aquilo, diz tudo o que quiseres por não sei quantos cêntimos ao minuto...» Ufa!!! Aos anos que esta falta de ideias dura!

A melhor banda rock portuguesa anda por aí


O perigo amarelo

Scarlett pré-apresentava-se à Imprensa na pele de Nanny, mas eu decidi-me ao filme do chinês Hou Hsiau-Hsien, «Três Tempos».

Charlatans

Não pude ir aos Charlatans, mas amanhã repego o disco.

Broke

Ainda a propósito do «Brokeback Mountain» que a rtp passou em consequência da morte de um dos actores do filme. Peço desculpa pelo conservadorismo mas desisti no Brokeback, quando a rapaziada «gaúcha» ainda não tinha começado a subir a montanha... Ang Lee já fez bem melhor, como podem ver em «Sedução, Conspiração», prestes a estrear.

Histórias Fulminantes 72

De tão branca e alva, por onde passava a menina nevava tudo à sua volta.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sintra por aí

foto: ptn

Mau gosto

Há tipos com mau gosto. Que dizer de uma banda rock chamada Os Pontos Negros?! E que tal Bolha Purulenta? Ou Dentes Cariados?...

Censura no «Expresso»!!!

Portanto, Dóris Graça Dias descobriu também que o livro de Miguel Sousa Tavares enquanto romance vale zero, sendo que enquanto livro de história, e a fazer fé no escrito pelo autorizado na matéria Vasco Pulido Valente, idem aspas aspas. E portanto Dóris quis escrevê-lo. Mais: quis escrevê-lo a pedido do «Expresso», que assim julgava encomendar à crítica texto laudatório acerca da obra do seu cronista. Sucede que Dóris não gostou e escreveu isso mesmo, escreveu, livre e independentemente, que não gostou, dizendo naturalmente porquê. Ora quem não gostou, da isenção e da liberdade de opinião, foi o editor do «Expresso», Henrique Monteiro, que veio a negar publicar a crítica justificando o acto censório dizendo que não se tratava de uma crítica, antes de um ataque ao autor! Caro Henrique, e nós também acreditamos no Pai Natal e no Menino Jesus, é isso? Obrigado «Expresso», jornal de proa da Imprensa escrita portuguesa...

Indignações

Houve quem se indignasse ao saber que Eduardo Barroso terá ganho cerca de 30 mil euros em transplantes havidos por incentivos de Estado. E não há quem se indigne com Ronaldos e companhia a ganharem 750 mil euros por mês? Claro: o futebol salva, os médicos não...

Um dia vou escrever um conto chamado...

Um burro chamado Alípio!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Lisboa por aí


Histórias Fulminantes 71

Depois do armistício, passadas duas décadas de guerra, árabes e judeus dedicaram-se à reconstrução dos seus países. Nos campos, regressou-se à agricultura e, curiosamente, ambos os povos deram primazia à cultura de rebentos de soja. Nas cidades, restabelecidas as vias rodoviárias de abastecimento de combustíveis, a prioridade nos negócios foi para as bombas de gasolina. Não é fácil esquecer o passado. Porém, todos tentavam fazê-lo, festejando a paz com fogos de artifício assaz regulares...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Sim, foi um interlúdio electro-dance

Silence Music Box, Erlend Oye, «Sudden Rush»

Silence Music Box, SUBA

Silence Music Box, Cut Copy, «Future»

Outra gira, lá dentro, pelas centrais; chama-lhe Stakeholders, cá para mim vais é de skate!

«Um director tem que ser um sedutor de stakeholders»!, diz um tal de Montañés, nome duvidoso, está de ver. É que por muito menos que frases destas vi as coisas descarrilarem no «Brokeback Mountain»... Stick it on you, babe Montañés.
Como adoro o «Jornal de Negócios»!

As coisas belas que lemos e aprendemos no mundo dos negócios

«Que bolha é esta?
É uma bolha no preço dos activos em geral. Houve uma subavaliação do risco e uma sobrevalorização dos activos. Um descolar da realidade subjacente.»

«Que bolha é esta?»!!! Bolha!!! Sem dúvida, uma das palavras mais feias do dicionário... Como é feio este mundo das bolhas. Só lembra gente com bolhas, borbulhentos, borbelhudos...

in «Jornal de Negócios» que me veio parar à mesa do café; inadvertidamente esquecido, claro.

Outros Silêncios

«Silêncio, ao longo da estrada. O corpo de um rapazinho, no chão. Um homem ajoelhado. Até às últimas luzes do dia.»
«Seda», de Alessandro Baricco, Dom Quixote