segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Atirar Barro(so) à Parede
Como quem atira barro à parede, a ver se cola aos olhos dos incautos, um lacónico e Calimeriano Durão Barroso veio anunciar, em entrevista pública, que não sabia, que foi enganado, que achou que agiu muito bem quando decidiu acolher a Cimeira dos Açores. E, com um ar muito sério, assim como que se desculpava; mas, pasme-se, de coisa nenhuma! Porque, disse, «Portugal não perdeu nada». É barro da pior estirpe, diga-se, este que alija as responsabilidades para os ombros de um big brother a três vozes (americana, inglesa e espanhola - «Sim, Espanha!», vincou o Calimero) que, olhando para o irmão mais pequeno e fraco (Portugal), lhe mente e pede para fazer esta ou aquela travessura. No caso, que acolhesse uma cimeira que ratificaria uma guerra que até hoje fez mais de 500 mil mortos e milhares de desalojados, milhares de órfãos, e lançou um país para um fosso de ódio e dor do qual não se sabe quando irá sair, se é que alguma vez dele se livrará. Arrepender-me? De quê? Então não privo com os maiores do mundo desde muito cedo? Então, não sou Presidente da Comissão Europeia? Morreram 500 mil pessoas mas eu não sabia, fui enganado... Pois, o que eu sei de há muito é que a hipocrisia é um dos atributos maiores da política. Cheira mal, cheira a cherne!
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1 comentário:
Parafraseando El Rey D. Juan Carlos I, diria a Durão Barroso: "porque no te callas?".
Realmente é de uma desfaçatez a toda a prova. Um bando de americanos corruptos e desprovidos de qualquer moral mentem com quantos dentes têm na boca e não há nisso, "mal nenhum". Não tem mal nenhum a quantidade de iraquianos e jovens soldados americanos mortos ou mutilados, em nome do lucro. Que mais há a dizer?
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