quinta-feira, 14 de junho de 2007
Um dia no mundo
Ao ler o «Público» de hoje fiquei a saber que já existe um dia mundial da luta contra a dor. É hoje. E nada mais a propósito para cabimentar o que escreve Tatiana Salem Levy no seu excelente livro «A Chave de Casa», em edição da Cotovia. «A dor está em tudo, espalhada por todos os cantos do planeta, por todos os cantos de nós. Não existe nem mesmo um porto da pele que não carregue dor. os sentimentos mudam, mas a dor persiste. Em tudo o que experimentei, lá estava ela, de um jeito ou de outro. No amor, na alegria, na tristeza, no sofrimento, no luto, nos sonhos: nunca conheci nada disso sem dor.» Pois bem, dor sim, por aí, que a há, há, é bem verdade e basta olhar aos telejornais. Porém, haja espaço para a alegria, que também ronda por aí, a espaços. Portanto, termino com outra citação, voltando ao hoje já referido, em post anterior, Leonardo Da Vinci, homem certamente mais vivido e sopesado nas coisas da vida do que a nossa jovem autora brasileira. Escreveu assim, o génio transalpino, num outro olhar ao sofrimento: «A dor preserva o corpo.» Se não preserva, pelo menos di-lo vivo e presente. O que já não é mau de todo! Philip Roth também escreve sobre o assunto em «Todo-o-Mundo», onde conta a história de um homem acometido pela morte ao longo de toda a vida.
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