um poeta alcoolizado
foi detido a meio de um verso
quando escrevia
um poema em contramão
depois de uma noite
nos calabouços da polícia
de segurança literária
não se sabe se algum dia
recuperará a carta
de condução da escrita
as emoções
essas
ficaram desfeitas na auto-estrada
sílabas e silêncios
perdidos entre o óleo
e a chapa retorcida
de uma metáfora que não viria
a resistir aos ferimentos
sofridos pela língua
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário