Muito escândalo ainda por aí por causa do mea culpa que a CIA fez relativamente às nódoas que mancham o seu passado. Li um colunista dizer que também só agora as pessoas parecem acreditar em tudo o que ao longo dos anos, a conta-gotas, foi sendo revelado pelos Media, nomeadamente sobre a questão dos métodos de tortura e afins usados pela prestigiada agência constitída em 1947 com o objectivo único de fazer guerra ao comunismo. Tudo em prol da segurança interna dos sagrados Estados Unidos. Sabe-se com que resultados... O 11 de Setembro está aí como termómetro de aferição. Portanto, todos se espantam, mas só agora se espantam, com o reconhecimento de culpa vindo das entranhas sujas da CIA. Por outras palavras, ninguém parece já acreditar nas histórias que a Imprensa vai contando. É pena, a Imprensa constitui hoje, e talvez mais do que nunca, o verdadeiro e único contra-poder *. O livro «Estado de Guerra - A História Secreta da CIA e da Administração Bush», de James Risen, vencedor do Prémio Pulitzer (edição Quid Novi), conta tudo (e contou tudo há bastante tempo) o que, pelos vistos, ninguém quis ouvir. Mesmo se através da voz e depoimentos de muitos dos seus protagonistas. Vale a pena ler.
* Imprensa independente como contra-poder, claro, porque uma vez congregada num só grande grupo editorial, adeus imparcialidade e isenção. Nota, a título paralelo: na semana passada, no CCB, aquando da apresentação da nova colecção de livros de bolso que três editoras tomaram conjuntamente em mãos, um dos editores presentes revelou que a ânsia compradora de Pais do Amaral pelas editoras portuguesas também a duas das editoras presentes tinha tocado/atacado. Pela independência que clamam, as duas casas responderam negativamente às propostas. É digno.
* Imprensa independente como contra-poder, claro, porque uma vez congregada num só grande grupo editorial, adeus imparcialidade e isenção. Nota, a título paralelo: na semana passada, no CCB, aquando da apresentação da nova colecção de livros de bolso que três editoras tomaram conjuntamente em mãos, um dos editores presentes revelou que a ânsia compradora de Pais do Amaral pelas editoras portuguesas também a duas das editoras presentes tinha tocado/atacado. Pela independência que clamam, as duas casas responderam negativamente às propostas. É digno.
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