domingo, 24 de junho de 2007

Histórias Fulminantes 15

Não era suficientemente corajoso para o suicídio, pelo que decidiu confiar a tarefa a terceiros. Agarrou numa tela, pintou um tipo de mau ar que empunhava uma pistola e a direccionava em frente. Depois, terminada a obra hiperealista, puxou uma cadeira e sentou-se à frente do quadro à espera que o destino premisse o gatilho. Felizmente que se esquecera de carregar a arma com munições. Quando a Polícia chegou levaram a obra para a prisão acusando-a de tentativa de homicídio. Todo aquele quadro era demasiado negro para a pobre personagem pintada. Clamando inocência, mas em vão, o quadro suicidou-se derretendo ao sol que entrava pelas grades.

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