quinta-feira, 17 de abril de 2008

Tábuas de Silêncio - Memórias de Branca Dias


Em Évora, o Teatro Garcia de Resende mantém em cena a adaptação aos palcos do romance de Miguel Real, «Memórias de Branca Dias», um texto biográfico sobre a vida desta mulher portuguesa perseguida pela Inquisição, obrigada a fugir clandestinamente para Pernanbuco (Brasil) com os seus 7 filhos, indo ao encontro do seu marido Diogo Fernandes.

«Gostava de ter sido feliz, toda a minha vida quis ser feliz, quase o consegui, embora tenha sido sempre o que nunca pude abertamente ser. Foi sempre o quase… quase… quase… Nunca fui cristã, fui quase cristã; nunca fui judia, fui quase judia; nunca fui portuguesa, fui quase portuguesa, nunca fui brasilica, fui quase brasilica, quase professora de meninas, quase senhora de engenho de açúcar, quase mãe feliz, quase esposa feliz…”
Um sempre difícil monólogo, interpretado por Rosário Gonzaga, a ver até 4 de Maio, de terça a sábado, às 21h30, e domingos, às 16h00.

Sem comentários: