quinta-feira, 13 de setembro de 2007
E já vi os telediscos do Saura
E não gostei de «Fados». E desde já avanço, resumidamente, os porquês: porque, estranhamente (...) faltam lá alguns nomes que contam (Mísia, Paulo Bragança, Zambujo, Jorge Fernando, Cristina Branco, Maria Ana Bobone, João Ferreira Rosa, etc.); porque a coisa parece uma compilação turística sobre o fado em formato DVD; porque está longe de ser um documentário; porque está longe de dizer a história do fado; porque não é um filme; porque o fado não dança; porque o colorido está longe de ser a imagem de marca do fado; porque os japoneses decerto que gostarão da coisa; porque Saura não soube captar a essência do fado, antes o embrulhando numa multiculturalidade um bocado forçada. Ou seja, não basta querer filmar o fado para chegar ao fado. Resumindo: se em «Buena Vista Social Club» Wim Wendars resgatou do anonimato da música cubana alguns dos seus mais ilustres representantes, em «Fados», Carlos Saura mais não faz do que uma colagem panfletária de recorte plástico da canção nacional, como se a encomenda lhe houvesse sido feita via governo ou edilidade alfacinha.
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