quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Histórias Fulminantes 25

Confiavam em excesso nas suas capacidades. Tanto que Tancredo achou por bem começar a recolher os excessos que, regra geral, iam para o lixo. Certo dia, largos meses depois de muito excesso de confiança recolhido, Tancredo tornou-se, ele próprio, confiante em excesso. Apercebendo-se de que, aos poucos, também ele ia desaproveitando a confiança em excesso, tornou-se mesmo excessivo. Tanto que um dia entrou no escritório e vendo tanto desperdício de confiança pegou numa pistola e, sorrindo confiante, matou os seus colegas, acabando em seguida com a sua vida. «Uma vida que se desperdiçou», disseram os familiares.

1 comentário:

Filoxera disse...

Se puderes passar no meu blog, lerás algo relacionado com o desperdício de uma vida: a morte disparatada do marido de uma sobrinha minha, grávida do quarto filho. Para nos lembrarmos do quanto somos sortudos, mesmo sem o sermos, do quanto somos felizes, mesmo quando não nos sentimos.