quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Borg vs Alexandre Andrade


Ténis. Vejo as velhas glórias disputando pontos em Vale do Lobo (ou Vá de Lobo, como dizem as tias e vips veraneantes que se pavoneiam pelas bancadas). Este ano, interesse acrescido, a presença-regresso ao circuito de Björn Borg, o sueco maravilha dos anos 70 e 80. Hoje, Borg tem 51 anos. O cabelo louro, a la viking dos courts, ainda crescido sobre os ombros, já não rima com a pele dos 50 e com o olhar já sem o brilho de outrora. As pernas tremem quando o amortie pede a corrida, o poder do smash cede ante o poder maior do tempo. Custoso. Como custoso ver e comprovar que nem sempre «a fragilidade do corpo pode ser superada pelo robustecimento do carácter.» É claro que o mesmo poderá valer, e certamente vale, para aqueles em princípio de carreira. É o que escreve Alexandre Andrade («Cinco Contos sobre Fracasso e Sucesso», Má Criação»), ajuntando que isso mesmo «afiançam os instrutores nos primeiros minutos do primeiro dia, rodeados por raparigas e rapazes que cobiçam o peso da raquete, que mal podem esperar pela primeira troca de bolas a velocidades estonteantes».

Sem comentários: