terça-feira, 18 de março de 2008

Histórias Fulminantes 83

Chovia. Fazia frio, muito frio. Era uma palavra nua e não muito bonita. E estava ali, no meio da página, sozinha, nua. E nenhumas palavras mais bonitas do que ela vieram juntar-se-lhe para fazer um verso. E nenhuns versos vieram convidá-la para o poema. E a palavra ali ficou, sozinha, nua, não muito bonita, até que se esqueceram dela e viraram a página. A literatura também pode ser muito cruel.

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