segunda-feira, 31 de março de 2008

China vs Tibete

Jogos Olímpicos na China? Boicote, já! É deixá-los de olhos em bico para ver se baixam a crista! Aproveitar os Jogos para levar lá os jornalistas a denunciar o status quo ditatorial? Para quê, Durão, como se alguém ainda duvidasse do que por lá se passa?!

Gama ou o Doping Político

Fala-se muito em doping no desporto, mas e na política? Por outras palavras, quem, e com que intuitos, dopou Jaime Gama?

Auschwitz


Reedita-se na Dom Quixote, em formato pocket, «Auschwitz Os nazis e a Solução Final», de Laurence Rees. Duas, três, quinze, vinte páginas, a desmesura da insânia denuncia o inferno. E sempre a mesma pergunta, a não esquecer: como foi possível? Duas, três, quinze, vinte páginas, não mais porque não é fácil entender.

sábado, 29 de março de 2008

Silence Music Box, Sondre Lerche - «Two Way Monologue»

Lisboa por aí


Histórias Fulminantes 87

Quando o Papa quis introduzir reformas na Igreja, todos acharam muito bem. Mas como a cada intervenção pública o Santo Padre insistisse sobremaneira no introduzir disto e daquilo e como falasse com tanta vibração interior, ao ouvi-lo os membros do Clero começaram a sentir um leve formigar nas partes baixas. Seja como for, dias depois o Papado emitiu uma declaração a noticiar a formação de um Concílio Íntimo. Foi também a partir dessa época que o Patriarca eclesiástico passou a dedicar especial atenção ao ecumenismo.

Qi Qiao Ban


A chamada paciência chinesa. Jogos de mão à escala humana. Singular, poético, imagens de colar à retina. Dança das formas e dos silêncios. Sobretudo, original. E bonito. Hoje e amanhã também, no CCB.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Um dia...

... pensando bem, também poderia ser O Palhaço Ditador.

Um dia vou escrever um conto chamado...

O palhaço madeirense.


p.s. este um conto com forte ancoragem na realidade.

Carolina Michaelis

A aluna? Interne-se, pois claro. O bastonário? Demita-se, naturalmente. O procurador? Voto nele.

Histórias Fulminantes 86

O Senhor K. escreveu: O vazio inquieta-nos. Um coração cheio inquieta-nos muito mais.

O país por aí


DR. ptn.

Portishead - Hoje, história no Coliseu


Ainda Pomar



Silence Music Box, !!! (Chk Chk Chk) - «Heart Of Hearts»

terça-feira, 25 de março de 2008

Excepcional Jorge Martins







São 35 desenhos a grafite sobre papel, realizados entre 2002 e 2007, os que Jorge Martins expõe, até dia 11 de Abril, na sede do Centre Culturel Calouste Gulbenkian, em Paris. Um trabalho pontuado pelas aparições fragmentárias, projectadas ou fantasmagóricas da figura humana, que intrigam e cativam o público que deambula, mergulhado num universo de intimidade e memória, pela antiga residência particular de Calouste Sarkis Gulbenkian.

Duas belas imagens colhidas na correnteza da net


Histórias Fulminantes 85

Era uma vez um menino que quando ouvia trovoadas ia a correr esconder-se dentro dos versos. Certo dia, foi tamanha a tempestade e o medo que ele acabou por escrever um poema inteiro. Quando acabou de escrever o poema viu que a tempestade tinha passado e que o mundo agora era muito mais bonito.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A arrumação dos dias


Histórias Fulminantes 84

Havia um poema que tinha grandes sonhos, desejava do fundo do coração ser impresso num belo papel couchê, de fina gramagem e se possível receber uma encadernação luxuosa, quem sabe banhada a ouro! E havia um outro poema, o poema humilde, um poema que apenas desejava ser lido e que contentar-se-ia mesmo em servir apenas de papel de embrulho para castanhas ou para o primeiro pão da manhã.

terça-feira, 18 de março de 2008

Gabriel Pacheco




Três espectaculares ilustrações de Gabriel Pacheco.

Ó santo Deus!

Das notícias nos últimos dias: «O cónego Luís Melo concorda e acrescenta, "há muita dignidade em estar de joelhos". Já o padre Feytor Pinto prefere na mão, porque "há muita gente que nos lambe as mãos" (quando na boca), confessa, situação que o obriga a "purificar os dedos". Embora reconheça que já teve que "sair do altar e agarrar a pessoa" que a levava na mão para a rua. Fala-se, é claro, da comunhão na missa católica.»

Projecto Palmeiras Bravas






DR ptn

Histórias Fulminantes 83

Chovia. Fazia frio, muito frio. Era uma palavra nua e não muito bonita. E estava ali, no meio da página, sozinha, nua. E nenhumas palavras mais bonitas do que ela vieram juntar-se-lhe para fazer um verso. E nenhuns versos vieram convidá-la para o poema. E a palavra ali ficou, sozinha, nua, não muito bonita, até que se esqueceram dela e viraram a página. A literatura também pode ser muito cruel.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Silence Music Box, Hot Chip, «Ready For The Floor»

Cine-Silêncio, «Mihai si Cristina», de Cristian Nemescu - part. 2

Cine-Silêncio, «Mihai si Cristina», de Cristian Nemescu - part. 1

E agora para um momento poético

algés-cais do sodré. plataforma

esta carruagem é para si, estime-a
(três moedas de viagem):

I.
pare, escute e olhe
um poema esconde sempre
outro poema.

II.
um aposentrado
preso ao «Povo Livre».


III.
o que corre mais depressa?
o eléctrico?
a paisagem?

ou o sonho nos olhos parados?

do livro «Lisboa - Roteiro para-sentimental com personagens»

Histórias Fulminantes 82

A vida do Senhor K. tinha-lhe sido cruel e ele já nem sequer se reconhecia. Dizia, simplesmente, que já não se encontrava, apenas que já não se encontrava. Os amigos e a polícia começaram então as buscas. Procuraram-no por todo o lado, olhando-o por todos os lados, embatendo apenas no seu olhar parado e vítreo. Quando, por fim, um amigo lhe vislumbrou um esboço do que ele era tentou dar-lhe a mão mas ao fazê-lo também ele se perdeu num enorme vazio que o sugou.

Silence Music News


Anja Garbarek sobe ao palco do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, no próximo dia 19 de Abril, às 22h00, para um concerto único em Portugal. Filha do famoso compositor e saxofonista norueguês Jan Garbarek, um génio reconhecido no mundo do jazz europeu, Anja Garbarek é uma das mais surpreendentes vozes da música escandinava. Comparada a cantoras como Björk ou Beth Gibbons (vocalista dos Portishead), Anja Garbarek passeia por vários estilos e detesta ser previsível. “Briefly Shaking”, o quarto álbum da cantora e compositora, eis o álbum em visita.

sábado, 15 de março de 2008

Okidok genial, só mais amanhã!


O espectáculo chama-se «Ah Ah Ah» e, como se adivinha, é um convite ao riso. Na verdade, trata-se de um espectáculo brilhante que apresenta pela primeira vez ao público português a companhia belga Okidok. Uma hora e meia de puro divertimento, destreza acrobática e grande imaginação. Clown novo-circo, imperdível a todos os títulos. Só mais amanhã, à tarde, no CCB. Imperdível, ouviram?

Imagens de Marca

Vejo no jornal fotografia recente do antigo líder da juventude laranjinha, Pedro Passos Coelho. Hoje, anos volvidos, é claro que a imagem reporta já um homem de fato e gravata, de resto, bastante envelhecido. Pergunto, meu caro Coelho, quanto dessa tua juventude perdida se deverá a esse fato e gravata? Outra imagem, esta persistentemente ridícula, a da fotografia de Catalina Pestana na sua crónica do «Sol». Vocês já apreciaram a coisa? A pose dos bracinhos cruzados, e os pezinhos, aqueles pezinhos de Maga Patalógica ou Miss Marple?!!! De arrepiar. Caro José António Saraiva, como consegue ser tão cruel com a senhora?

Ironias da História

Então não é que foi Marcelo Caetano quem disparou sobre Ramos Horta?! Ui, estes espíritos recidivos!!!

Naide

Sete metros em comprimento. A minha disciplina atlética favorita. O que eu sonhei em voar sete metros, a quantidade de saltos que eu dei na Praia dos Três Irmãos, vulgo Torralta! Ainda hoje sempre que vejo salto em comprimento apetece-me logo ir saltar. Reminiscência de quê esta vontade? O Paul Auster em diversos livros seus tem personagens que caem... um tipo que cai para uma cova fúnebre... «Leviathan»... e agora, no recentemente editado «Mr. Vertigo», um rapaz aprende a levitar... Auster explicou já em entrevista que crê que esse facto se deve a um episódio ocorrido com o seu pai, que certo dia, era ele ainda muito pequeno, caiu de umas escadas, creio, sendo salvo in extremis, por uns toldos...

Os papões assinalados

O mais preocupante nisto tudo nem sequer é esta história dos piercings proibidos nas línguas e nas pilocas (embora eu ache que cada um sabe de si e se um tipo tem prazer em beber uma cervejola e que a dita lhe escorra pelo meio da língua ou então que no buraco da dita se lhe encrave um talo de couve roxa para aí apodrecer, tipo cárie, então faça favor), o mais preocupante, dizia, é que também no tempo de salazar e marcelo (assim mesmo, com letra pequena) sempre que havia zunzuns de descontentamento as culpas iam direitinhas para os comunistas papões. Foi com esta desculpa, de resto, que um escumalha como carlos gorgulho (governador de São Tomé no pós-guerra) massacrou centenas de são-tomenses no triste episódio de Batepá.

Governo PCP em 2009

Depois houve a manifestação que juntou cerca de dois terços da classe dos professores. Tudo, no entender de Sócrates, rapaziada vermelha, uns congeminadores agit-pro enviados para a rua a mando das células de Jerónimo. A crer no Governo, e pelo andar do descontentamento da carruagem, em 2009 vamos ter pela primeira vez um governo PCP... Sócrates, please...

O sumo interesse

Esta semana o PSD andou extremamente ocupado em ser oposição. Voltas e mais voltas, polémicas e mais polémicas em torno do sistema de pagamento de quotas do pessoal partidário. Epá, das coisas mais interessantes a que assistimos nos últimos tempos! Assim, assunto de sumo interesse nacional, coisa tão interessante ou mais do que saber qual o sumo preferido do Sumo-pontífice... Ah, e já me esquecia dessoutro facto de relevo de Estado, o pessoal laranja mudou a seta... Sorri, Sócrates, sorri...

Miopia

No seu editorial deste fim-de-semana no «Sol», José António Saraiva diz que nas suas aulas universitárias defende «que todas as manifestações têm uma componente anti-democrática.» Vindo de um professor parece-me grave, muito grave. E eu que pensava que as manifestações eram justamente uma das expressões/«componentes» mais vivas da democracia!

Canitos

O Governo parece decidido a proibir raças de cães consideradas perigosas. Parece-me muito bem que alguém rrrrrrosne aos donos dos bichinhos - tipo Pit Bulls e Rottweilers. Que, claro, «não fazem mal», nunca fazem mal e são muitos obedientes...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Indie Lx - «My Blueberry Nights»


As honras de abertura do IndieLisboa 2008 cabem este ano ao filme «My Blueberry Nights», do realizador Wong Kar Wai, autor de obras como «2046», «Chungking Express» ou «In the Mood for Love». O filme conta com um naipe de actores consagrados (Jude Law, David Strathairn, Rachel Weisz e Natalie Portman), conta com Norah Jones no papel principal e mostra-nos uma jovem mulher que parte em busca de si mesma, depois de um desgosto amoroso. A sua demanda irá levá-la a conhecer e envolver-se com outras realidades, mostrando-lhe outros caminhos e, sobretudo, o seu novo rumo...

Indie Lx - Na Cidade de Sílvia


Competiu na 64ª edição do Festival de Cinema de Veneza, chega agora a telas portuguesas via Indie Lisboa, entre 24 de Abril a 4 de Maio próximos. «Na Cidade de Sylvia», de José Luis Guerín é um filme peculiar, com um ritmo e uma cadência muito próprios, um filme a que não se «acede» facilmente. Trata-se, para início, de um filme não falado, ou quase não falado. Diálogos são raros e o maior não excede poucos minutos. É pois um filme do olhar; quer por parte dos actores (e no seu caso também um filme de gestos), quer da parte do espectador. E por consequência também um filme de silêncios, mas, curiosamente, ou talvez por isso mesmo, em que os pequenos sons, os sons da cidade a «respirar», a «viver», se revelam tão importantes: o ruído dos eléctricos avançando, o som do autorádio de um automóvel quando passando, o burburinho sem nome dos cafés e das esplanadas, o som dos passos das personagens, o som de uma garrafa rolando pela estrada. Um filme, portanto, para os sentidos, um filme como se de fantasmas, de existências e vidas pressentidas. Tal como o protagonista (Xavier Lafitte), um jovem artista que parte para Estrasburgo em busca de uma mulher que não vê há seis anos, e que acaba por perseguir senão mulheres que imagina na pele daquela que procura, também o espectador acaba por colaborar nessa perseguição de um fantasma numa cidade em que tudo soa a opaco e vazio, a tal ponto que se chega a suspeitar da realidade das personagens. Quando crê ter encontrado Sylvia (Pilar López de Ayala) o protagonista parece apenas então cair na realidade, embora logo, logo submergindo numa atmosfera paralela de ausência, em que o filme também novamente se enreda e finaliza.

Histórias Fulminantes 81

O Senhor K. era um homem que queria voltar, desejava ardentemente voltar, queria muito, muito voltar. Quando os outros à sua volta decidiram ajudá-lo a dar a volta perceberam que ele nem sequer tinha dinheiro para o bilhete. A mulher do guichet disse então: «Próximo!»

O Amor nos Tempos de Cólera


Adaptação paródica de um dos clássicos da literatura sul-americana, de Gabriel Garcia Marques. Mike Newell e Javier Bardem compõem um Florentino Ariza por vezes patético, pouco se salvando senão a magia intrínseca à história como a conhecíamos do livro.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Silence Music Box, The Long Blondes, «Weekend Without Makeup»

Silence Music Box, Hooverphonic - «Gentle Storm»

Silence Music Box, Hooverphonic - «Mad about you»

Silence Music Box, Hercules And Love Affair - «Blind»

Silence Music Box - Fernanda Takai, «Diz que fui por aí»

O Sexo e a Cidade







Histórias Fulminantes 81

O Senhor K. tinha sempre o guarda-chuva aberto. Passavam dias, semanas, meses, anos, e ele sempre de guarda-chuva aberto. Passaram décadas até que sobreveio a grande seca. Cientistas reuniram-se e tentaram perceber as causas que explicassem a calamidade, mas ninguém percebia para onde desaparecera a água. Alguém se lembrou então do Senhor K., o homem que guardava a chuva ininterruptamente, e foram a correr procurá-lo. Mas chegaram tarde. Em sua casa, o Senhor K. desfalecia, sedento e sequioso. Contudo, antes de morrer não revelou o local onde guardara a chuva. Felizmente, alguns dias depois, e após muitas buscas, encontraram o seu guarda-chuva a rebentar pelas agulhas. Foi preciso muito cuidado ao abri-lo não fossem ocorrer as maiores cheias do século.

segunda-feira, 10 de março de 2008

O Problema dos Domingos

«Domingo de manhã. O vizinho de baixo estava compulsoriamente compartilhando conosco seu gosto musical. A casa, de madeira, tremia a cada vibração das caixas de som. Minha roommate pediu pra eu ir lá falar com ele.
De jeito nenhum.
Por que não?
Oras, porque o homem é um negão de dois metros por dois metros, que ainda por cima é policial e anda armado. Da última vez que demorei muito pra conseguir abrir a porta da lavanderia, ele enfiou uma arma na minha cara achando que era ladrão. Deixa ele ouvir a música dele.
Que vergonha, Alexandre. Isso não racismo às avessas?
Claro que não. Na verdade, é uma espécie de sistema de cotas, uma vantagem adicional para compensar séculos de exploração. Eu só sei que lá eu não vou.»

do blog Liberal Libertário Libertino

E agora para um momento poético

só quando foste embora
quando partiste como quem
não quer fazer barulho para não acordar
as crianças
deixando-me um bilhete
para a solidão
percebi enfim o quanto de maré
havia no teu nome

agora é noite e nenhuma estrela
vem ensinar-me o caminho
para o teu corpo

nenhuma bússola
sabe da tua morada

areia nenhuma guarda o teu rasto
diluído no coração

FNAC Service




Força de Vontade


Esta quase me fugia!


Sobre o Vazio


Lisboa por aí




Histórias Fulminantes 80

Era uma manequim tão bela, tão esplendorosa, tão sensual, tão desejável, que quando a puseram na montra tiveram de retirar os manequins masculinos por hipotético atentado à moral pública.

quinta-feira, 6 de março de 2008

O Inquilino Feliz



Proposta de biblioteca caseira pela Levitate Architects.

O Mundo - Hugo Chavez

Mas não se pode trancar este Hugo a sete chaves?

Um homem bom

Há dois dias, ao chegar ao Instituto, faço a curva e vejo dois velhotes deitados ao comprido na estrada. Que diabo! Páro e ajudo-os a levantar. Tinham escorregado em consonância, numa perfeita solidariedade de casal unido para o bem e para o mal... Depois de regressar ao carro, diz o Vasco que tinha observado a cena: «Pedro, és um homem bom.» Obrigado, Vasco.

Abcedanimário Infantozoológico

Um livro que escrevinhei por estes dias.

O Problema dos Domingos

«A Fernanda veio passar comigo a entrada no ano 2000. Via-a viva pela última vez no dia 3 de Janeiro. Um beijo morno de despedida: "Não te esqueças de cortar as unhas à cadela e de dar o 'program' aos gatos. Ah, e também não te esqueças de me ir esperar a Santa Apolónia no domingo, à hora do costume...»

«Fernanda», de Ernesto Sampaio, Fenda

Silence Music Box - Recomendação


Pergunta de leico

A Leica faz o fotógrafo?

Histórias Fulminantes 79

«Vai morrer longe!», disse-lhe ela, num tom frio e implacável. E ele foi. Até hoje caminha, tendo sido visto pela última vez no lugar onde as coisas começam a perder-se de vista e a memória se desprende do real.

Júlio Pomar







No fim-de-semana passado entrevistei e fotografei o Júlio Pomar. Aqui ficam algumas imagens do pintor que tem Retrospectiva a decorrer no Museu de Serralves, no Porto.