Fui ao Festival Intercéltico, no Porto, em 1997. Recordo duas grandes noites com grande música (Ronda dos Quatro Caminhos, Sonerien, Du, Jac-y-Do, Berroguetto - a banda, espanhola, de que mais gostei, Pauliteiros de Malhadas e o também excelente Patrick Street, da Irlanda), duas noites de concerto prolongadas no jardim do Hotel Santa Catarina, sobretudo na gruta, onde igualmente se cantava e aconchegavam estômagos. Desde então, nunca mais voltei, mas a cada ano sinto vontade de voltar. Ainda não vai ser este ano, porque o Porto ainda não é aqui ao lado. Regresso, contudo, pela música gravada em disco, um disco que acaba de chegar ao mercado retrospectivando quinze anos de história de festividades celtas a Norte. «Festival Intercéltico - 15 Anos de Histórias» reúne vinte dos melhores temas que passaram pelas quinze edições do festival. Aqui as minhas faixas favoritas: «Verdes São os Campos», Uxía; «Passarinho da Charneca», Amélia Muge; «Domingo Ferreiro», Luar na Lubre; «Plantei Amores», Gaiteiros de Lisboa; «La Çarandilhera», Roldana Folk; «Menino do Mar», Frei Fado d'El Rei; e o fabuloso «Chin Glin Din», dos Galandum Galundaina. O Orlando, que é bom rapaz, ontem, ao ouvirmos o disco no carro, deu em armar-se em galinha com pele arrepiada, creio que foi no refrão de «Passarinho na Charneca». São pequenas coisas que aferem da qualidade de um homem.
sexta-feira, 27 de abril de 2007
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